segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Os Homens e o Trabalho

         Há muito tempo num certo país da América Latina uma divindade falou que não era preciso trabalhar e de apenas um machado preso no chão e uma flecha fincada numa árvore e todos teriam o suficiente para comer.As pessoas se perguntaram como que iriam sobreviver sem trabalhar, então a divindade revoltada pelos humanos não aceitarem sua oferta que não era de se jogar fora fez com que todos trabalhassem dia e noite mas depois Káputa a divindade refletiu e depois decidiu que trabalhariam de dia e descansariam de noite, parece que foi assim que o homem perdeu a chance de viver sem muitos esforços.

Os Macaquinhos de Tupã

          Um certo dia um velho ancião estava esperando sua tribo chegar com comida mas como ninguem tinha chegado e ele estava certo com muita fome, o velho saiu procurando comidas uma pequena viajem para o velho fraco era como uma longa, lenta e difícil jornada até que o ancião com muito esforço chegou ao seu destino, um araçazeiro.
       
          Mas embaixo do araçazeiro uns pivetes já tinham comido todos os araçás e estavam trepados na árvore comendo mais araçás, o velho pediu muitas vezes para que dessem alguns araçás para ele mas os pivetes apenas zoavam o velho, foi então que de repente o céu escureceu um raio chegou cortando os horizontes seguido de um barulho estrondoso provocou o medo nos garotos que pela ira do ancião foram transformados em simples macacos.

A ORIGEM DO UNIVERSO

Havia um planeta sozinho no espaço chamado de Terra, lá nada andava, voava ou nadava o mar era um infinito sem nada por perto.Um dia um deus chamado Teotl esfregou gravetos de urucum uns nos outros e saiu mil faíscas dali, parecia até que era carnaval, dessas faíscas surgiram as estrelas iluminando o céu que era um breu só.
          Teotl não estava satisfeito e decidiu pegar uma bola de fogo gigante pra ser o Sol e essa festa toda causada por Teotl acabou acordando o Deus Teopantli que encantado com tamanha beleza uma lágrima de seu rosto escorreu criando perto da Terra sempre muito bonita era a Lua, o mar já não estava mais sozinho animais voando, nadando e andando e é assim que se formou o Universo tudo, enfim, perfeito, completo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

História dos selos

Desde de idos tempos que o homem sentiu a necessidade de comunicar-se, porém a comunicação por sinais ou pela fala cedo se mostrou insuficiente quando o elemento espacial, isto é, a distância, se fazia presente. Com o advento da escrita surgiu a troca de documentos e a necessidade do seu transporte. As primeiras mensagens foram esculpidas em pedra passando, progressivamente, a serem inscritas em argila e em rolos de papiro. A mais antiga carta conhecida é de origem babilônica: trata-se de uma tabuleta de argila, em que uma dama, de nome Navirtum, escreveu, em letras cuneiformes, a outra dama chamada Husutiya, que só a visitaria na ausência do marido. A carta, do século XVIII a. C. está no Museu do Louvre. Destacam-se ainda as mensagens enviadas a Roma por Júlio César para serem lidas no fórum e que formam um texto conhecido como “De Bello Gallico”.
OS PRIMEIROS SERVIÇOS DO CORREIO
Desde a Idade Média, existiam ligações organizadas para a transmissão de cartas. A Igreja e as abadias tinham suas próprias ligações postais. Havia ainda o correio do exército. O comércio igualmente tinhas as suas próprias ligações. Logo apareceram as primeiras chancelas (sinetes) que autenticavam o documento e autorizavam o estafeta, em geral um militar, a transportá-lo, sendo este transporte de mensagens, privilégio exclusivo de Reis e Imperadores, serviço posteriormente também utilizados pelos nobres.
A partir do século XIII, a família Tasso obteve o direito de transportar cartas em sua região natal (Bérgamo, na Itália) e posteriormente esta concessão se estendeu a praticamente todo o Continente Europeu. Os Tassos se uniram à família Torres e tornaram-se uma organização com regularidade e confiabilidade em seus serviços e isto numa época de muita belicosidade e guerras generalizadas. Este serviço venceu até mesmo a concorrência de correios estatais. Foram eles, sem dúvida, os precursores dos correios em moldes profissionais e a organização durou assim, por vários séculos, na Europa.
No início do século XIX o Velho Continente sofreu grandes transformações, sobretudo a Inglaterra com o advento da revolução industrial. O desenvolvimento acelerado de muitas cidades, o êxodo rural, e o desenvolvimento das transações comerciais, incrementaram significativamente o volume de correspondência. O porte, neste momento, ainda era pago pelo destinatário. Tal prática trazia graves problemas, com grande evasão de receitas.
ROWLAND HILL E O PRIMEIRO SELO POSTAL
Em 1839, Sir Rowland Hill (1795 – 1879), teve a idéia de alterar este estado de coisas, obrigando o remetente a pagar a taxa de envio da carta. Como recibo, do pagamento, era fornecido um selo para ser colado na carta e inutilizado com a oposição de um carimbo indicando o lugar da expedição. Esta brilhante inovação, segundo contam alguns, foi-lhe inspirada por uma experiência pessoal quando certo dia fazia o seu passeio diário por uma estrada e de repente ouviu uma discussão.
Curioso, quedou-se atrás de uma árvore, para poder observar melhor a cena de onde provinha a contenda. Era um mensageiro do correio, tentando entregar uma carta a uma jovem camponesa, que se recusava peremptoriamente a assinar a recepção da correspondência, sem antes ver o envelope. Relutante, o mensageiro acabou por tirar a carta da bolsa, deixando a jovem observá-la, que olhou bem de um lado e de outro, revirando o envelope agilmente nas mãos. Passados alguns instantes, devolveu-a ao mensageiro, dizendo-lhe que não desejava receber a tal carta, deixando o carteiro deveras furioso.
Foi então, que Sir Rowland Hill resolveu intervir, perguntando à camponesa o porquê de sua recusa. Receosa, diante de um nobre tão bem trajado, a jovem mudou de tom e torcendo nervosamente as pontas do seu grande avental, começou por lamentar-se, dizendo que não tinha numerários suficientes para poder pagar a entrega da carta. Penalizado, o cavalheiro ofereceu-se para quitar-lhe a quantia, e assim por fim ao lamentável episódio. O carteiro, não mais se contendo exclamou: “Senhor! É sempre assim com esta gente. Olham e olham os envelopes e jamais aceitam as cartas. Volto todos os dias com sacola cheia, tal e qual como quando saí da agência na cidade.
O meu chefe já não agüenta mais devolver para Londres, todas as cartas que chegam nesta região e receber de volta as recriminações de seus superiores”. Sir Rowland Hill voltou-se para a jovem, e insistiu em pagar-lhe a carta que acabou por aceitar. Após entregar a moeda ao carteiro, que seguiu o seu caminho satisfeito, pediu à camponesa que lhe explicasse a verdade, escondida por trás de seu ato. Envergonhada, a jovem contou-lhe que não podia dispor do valor da tarifa cobrada pelo agente da cidade por ser muito pobre e que, através de certos sinais previamente convencionados e escritos na sobrecarta, ficara ciente de que o seu noivo, que estava longe, se encontrava bem e, portanto, não precisava ler o conteúdo da carta. Esta, na verdade, não passava de uma folha de papel em branco, sempre reaproveitada pelo noivo, para quem era devolvida a missiva. Disse ainda, que naquela região, tal prática era generalizada.
Esta nova e revolucionária idéia é aprovada pelo governo e a Inglaterra reforma, nesse mesmo ano, o seu serviço postal, que introduz o selo adesivo. Assim, vem a lume no dia 6 de Maio de 1840, o primeiro selo a circular no mundo, que apresentava a efígie da rainha Vitória, impresso sobre um fundo preto. Este primeiramente, ficou conhecido como “Penny Postage”, depois como “Penny Black”, devido a sua cor. Hill fez o esboço deste selo, sendo que um artista londrino de nome Henry Corbould (1815-1905), encarregou-se de desenhá-lo.
A IDÉIA GANHA O MUNDO
O êxito deste invento foi fantástico e fez com que rapidamente, tal como rastilho de pólvora, todos os países do mundo seguissem o exemplo britânico introduzindo o uso do selo, em seus territórios. Em 1843 os Cantões Suíços de Zurique e Genebra e o Brasil seguem os passos da Inglaterra. No Brasil o primeiro selo adesivo emitido durante o reinado de D. Pedro II, na reforma engendrada pelo Marquês de Sapucaí, foi o olho-de-boi, e foram impressos mais de 1.500.000 selos de 60 réis, quase 1.150.000 de 30 réis e cerca 350.000 de 90 réis. Uma polêmica marcou o nascimento desses selos.
Conta-se que a então direção dos Correios planejou agradar o jovem Imperador estampando nos selos a sua efígie a exemplo do selo inglês – o “Penny Black”. A Corte recusou a honraria por achar um desrespeito carimbar a imagem de D. Pedro II. Decidiu-se, então, simplesmente desenhar os algarismos indicativos do valor do selo, em fundo neutro, sobre linhas onduladas e entrelaçadas. Nesta breve narrativa histórica, um dos selos mais raro do mundo surge em 1847. Esta jóia foi impressa na antiga Guiné Britânica. Só existe um exemplar conhecido no mundo inteiro e este foi vendido em 1980 em um leilão em Nova Iorque, pela cifra de US$935,000!!!
Portugal adere ao novo sistema, no reinado de D. Maria II. Os primeiros selos portugueses são postos em circulação no dia 1 de Julho de 1853 com as taxas de 5 e de 25 reis, respectivamente castanho avermelhado e azul esverdeado. Durante o mesmo mês são emitidas as taxas de 50 e 100 reis, em verde e em lilás. À imagem e semelhança do que acontecia na época, também o selo lusitano adoptou a efígie real, neste caso, a de D. Maria II, desenhada pelo seu marido, D. Fernando, gravada em relevo sobre fundo branco e enquadrada numa moldura. O primeiro selo espanhol foi impresso em preto e reproduzia o busto da rainha Isabel II visto de perfil. O autor foi D. Bartolomé Corominas e seu valor facial era de 6 quartos.

OS PRIMEIROS CATÁLOGO E OS PRIMEIROS PERIÓDICOS FILATÉLICOS
O primeiro trabalho que enumerava todos os selos já emitidos no mundo, obra esta intitulada Catálogo de Selos Postais, foi publicado pelo francês Alfred Poliquet, em 1861. Em abril de 1862, foi editado o primeiro catálogo inglês, intitulado Prontuário dos Colecionadores de Selos Postais, obra de um jovem artista de Brighton, chamado Frederic Booty. A partir do mês de maio seguinte, seguiram edições mensais daquele prontuário, as quais se mantiveram até o final daquele ano.
Em 15 de dezembro de 1862 foi publicado o primeiro periódico inteiramente consagrado às emissões de selos postais, com edição mensal e cujo título era Stamp Collector’s Monthley Advertiser. A partir de fevereiro do ano seguinte surgiu uma segunda publicação periódica especializada. Ao mesmo tempo, a firma Moens, de Bruxelas, lançou o jornal Le Timbre-Poste. A partir de então, a literatura filatélica adquiriu notável desenvolvimento por todo o mundo.

OS PRIMEIROS SELOS TEMÁTICOS
Como tivemos a oportunidade de ver os primeiros selos traziam unicamente a efígie do chefe de estado, o brasão local ou muito simplesmente um número que indicava o valor do porte vigente. Embora com pouca diversidade de imagens, sobre estes primeiros selos nós já podemos pinçar motivos ou detalhes que hodiernamente podemos qualificar como temáticos. Vejamos alguns exemplos: – em 1843, o famoso “duplo de Genebra”, traz escrito a expressão: “Post tenebras lux” (= depois das trevas, a luz); – em 1845 temos a famoso selo “Pomba da Basiléia”, criado pelo arquiteto Melchior Berry, com uma apelação temática óbvia que dispensa maiores comentários; – em 1851, um castor é reproduzido sobre selos do Canadá e em 1854 um cisne, simbolizando o Rio Swan, foi retratado sobre os selos da Austrália Ocidental.
As primeiras séries reproduzindo imagens históricas ou geográficas dum determinado país ou região foram emitidos sobretudo por volta do fim do século XIX. Colacionamos em particular a série “Colombo” dos Estados Unidos emitida em 1893 e as séries emitidas em Portugal em 1895 e 1898, consagradas respectivamente a Santo Antônio e a Vasco da Gama. A primeira série comemorativa brasileira vem a lume em 01/01/1900, composta de 4 valores que celebravam o 4º Centenário do Descobrimento do Brasil, por Pedro Álvares Cabral.
A nosso ver encarar o selo não somente como um meio eficaz de comprovar o franqueamento postal, mas também encará-lo como um meio para se transportar uma imagem ou uma mensagem oficial foi algo igualmente genial. Para reforçar ainda mais esta idéia, além dos selos comemorativos postos em circulação as toneladas atualmente, as administrações postais, de tempos em tempos passaram a utilizar obliterações especiais visando mais do que uma simples anulação do selo. Atualmente a regra é a emissão de selos reproduzindo um assunto determinado (tema – imagem) e somente, por vezes em séries correntes, ainda se retratam imagens dos Chefes de Estado dos primeiros tempos ou as velhas cifras.
Assim os diversos países rivalizam-se entre si, pelo mundo afora, com o intuito de colocar no mercado filatélico o maior número de selos possíveis, feito por vezes em formas ou mídias deveras originais, para enaltecer os seus belos locais turísticos, a sua grandeza histórica, a sua opção política ou religiosa, e assim fazer uma propaganda significativa . Troyer, em forma de crítica lembra: “Não falemos dos países que emitem simplesmente selos porque tal lhes traz dividendos: há sempre colecionadores que estão prontos a comprar essas emissões. Assim Estados onde não há praticamente postos de correio, emitem muitos selos reproduzindo quadros de mestres flamengos e outros, ‘Sputiniques’ e ‘Apolos’.”
Não causa portanto qualquer espécie, face a imensidão de motivos impressos, que quase simultaneamente ao advento das primeiras emissões, os colecionadores tenham se sensibilizado imensamente pelos assuntos ou temas reproduzidos nos selos. Assuntos que chamava-os atenção em razão da sua profissão, do seus entretenimentos prediletos, das suas atividades culturais ou mesmo das suas convicções filosóficas ou políticas.
Na prática, pouco importa o assunto, os colecionadores sempre acabam encontrando selos correspondentes aos seus gostos. Neste momento, o colecionador não dá mais importância ao país ou à data de sua emissão; ele dispensa atenção à ilustração do selo. Ele trata unicamente de acumular material filatélico que reproduzam ou completam o assunto escolhido. Ele transforma-se naquilo que os alemães denominam de “Dokumentarische Motivsammlun”, entre nós a coleção por assunto.
Neste estágio o colecionador porém limitava-se a reunir os selos ou séries atinentes ao assunto escolhido, série por série, selo por selo, ano por ano, não sendo na prática senão uma coleção por países de tema único. Um estágio anterior da filatelia temática que conhecemos atualmente, ou melhor uma preparação para esta. Tal modalidade não mais existe. Num estágio seguinte a organização dos selos e demais materiais é alterada. Por exemplo, numa coleção sobre animais, os mesmos são reunidos agora segundo as ordens e as classes, correlações com o homem, … O país, bem como o ano de sua emissão passam a ser totalmente irrelevantes. A montagem é fruto da criatividade e estudo do colecionador.

Cartas

As cartas são consideradas o meio de comunicação mais antigo do mundo. Não se sabe ao certo quando elas surgiram, mas os reis do antigo Oriente Médio já escreviam cartas. Por ser também um dos registros mais antigos, alguns estudiosos apontam, inclusive, que a carta é a mãe de todos os gêneros textuais, ao lado dos mitos e contos populares. Já no Egito, mais de 4 mil anos antes da Era Cristã, já existiam os sigmanacis, mensageiros que levavam recados escritos a pé ou montados em cavalos e camelos. Entre os livros que formam a Bíblia, estão publicadas 21 cartas, escritas por Paulo e outros seguidores de Cristo, direcionadas a povos como os romanos e os habitantes da cidade de Corinto, na Grécia Antiga.
No Brasil, as cartas chegaram junto com os primeiros portugueses. Assim que a esquadra de Cabral aportou, Pero Vaz de Caminha enviou uma correspondência ao rei, comunicando o descobrimento das novas terras. O escrito foi levado a Portugal por um dos navios, que retornou dez dias depois. Em 25 de janeiro de 1663, o rei de Portugal nomeou João Cavalheiro Cardozo como “correio” — o responsável por enviar informações da Colônia. O primeiro serviço postal semelhante ao que conhecemos hoje, com pagamento de selos para o envio da correspondência, surgiu na Inglaterra em 1840. O Brasil foi o segundo país do mundo a utilizar o selo, em 1843. 
Antigamente, a base das comunicações eram as cartas. Cartas de amor, cartas oficiais, cartas dramáticas. Depois, veio o telefone. Todo mundo se ligava, por mais cara (e pior) que fosse a ligação. Agora, com a evolução tecnológica, tudo se resolve através do computador.
Fonte: Correio Popular de Campinas (14/01/2008)

terça-feira, 1 de setembro de 2015

email

chega a ser engraçado quando pensamos como a Internet dominou tão rápido o nosso cotidiano, não é mesmo? E pensar que, há pouco mais de 10 anos, não tínhamos aquele desespero por checar os emails, as últimas novidades e conversar com os nossos amigos.

A Internet evoluiu tão rápido que os emails tornaram-se o nosso endereço virtual para muitas coisas, e não somente como correio eletrônico. E, como várias grandes invenções que temos hoje, tudo começou com uma simples brincadeira.

Para quem não sabe, email significa electronic mail — ou seja, correio eletrônico. Normalmente os endereços vêm com uma "@" (arroba) logo depois do nome do usuário. Em inglês, essa arroba é lida como "at", que significa o termo "em". Isso significa que o usuário está "em" um determinado domínio.

A arroba é criada.Esse termo, e o próprio email como conhecemos hoje, foram inventados por Ray Tomlinson, um programador dos Estados Unidos. Em 1971, o programador usou a ARPANET (a rede de computadores que deu origem à Internet como conhecemos hoje) para fazer envio e leitura de mensagens simples.

Tomlinson criou o aplicativo SNDMSG, um software extremamente simples, com somente 200 linhas de código, mas que permitia a troca de mensagens entre usuários conectados no mesmo PC.

Para adaptar o SNDMSG, Tomlinson usou um protocolo de transferência de arquivos chamado CYPNET. Assim, era possível que qualquer um que estivesse conectado à ARPANET trocasse mensagens, mesmo que não usasse o mesmo PC. E, da mesma maneira, resolveu adotar a "@" para identificar quem e de onde vinham as mensagens. Nem o próprio criador lembra qual foi a primeira mensagem, mas há rumores de que foi algo como "QWERTYUIOP".

É claro que tiveram protótipos semelhantes à proposta de Ray Tomlinson, mas foi a sua criação que realmente deu origem ao email como conhecemos hoje.
No início o email teve a função de trocar mensagens simples entre usuários da ARPANET, como se fosse o nosso SMS de hoje em dia. Conforme o sistema foi evoluindo, a possibilidade de mandar mensagens maiores foi aumentando cada vez mais. E assim, o email começou a ser mais visto como, de fato, um correio eletrônico.
É claro que, mais tarde, o email foi visto também como uma oportunidade comercial. Na verdade, já em 1978, Gary Thuerk enviou para cerca de 600 pessoas da ARPANET uma mensagem tentando vender o Decsystem-20, um computador novíssimo da época. Foi o primeiro SPAM de todos. E a reação dos que receberam foi como já é hoje em dia: nada boa.
Mas, a maior possibilidade que o email trouxe era o fato de poder se comunicar com outra pessoa de outro canto do mundo. Matar as saudades dos parentes distantes agora era possível, assim como conhecer novas pessoas e se comunicar de maneira mais prática. Esses eram os primeiros propósitos para o sistema que ainda estava se desenvolvendo.

Como nem todos tiveram a oportunidade de ter o seu próprio email na década de 1970, foi em meados de 1990 que começaram a surgir os primeiros serviços de hospedagem. Na verdade, já era normal que você recebesse o seu próprio email quando assinasse algum provedor.

A primeira logo do Hotmail.O primeiro email gratuito foi o Hotmail, feito por um indiano chamado Sabeer Bhatia. A intenção era a de criar um email baseado na Web. Dessa forma, qualquer um poderia acessar o seu correio eletrônico de qualquer computador.

Em 1997, Bhatia vendeu o Hotmail para a Microsoft pela generosa soma de 400 milhões de dólares. Hoje, chamado de Windows Live Hotmail, integra vários serviços, como: Favoritos, Galeria de Imagens, Domínios, Blogs, Busca, Messenger e até XBox LIVE.

Ainda assim, há controvérsias de que, na verdade, o primeiro serviço de webmail gratuito foi o RocketMail, desenvolvido pela Four11 Corporation. Tanto o serviço quanto a empresa desenvolvedora foram comprados depois pela Yahoo!
O layout do RocketMail.
E assim, na mesma época, também surgiram outros serviços de email, como o Yahoo! Mail e o AOL (hoje chamado de AIM). A maioria dos serviços de email eram pagos. Aqui na terra tupiniquim, os primeiros emails gratuitos só foram surgir no final dos anos 90. É o caso do ZipMail, que logo no começo já foi um verdadeiro sucesso. Não se sabe se foi a publicidade, o portal o excelente serviço ou todo o conjunto da obra.

Logo após, com os slogans "Todo brasileiro merece ter um e-mail grátis." e "O e-mail grátis do Brasil." surgia o Brasil OnLine, chamado comumente de BOL. Além de tanto afirmar ser gratuito (o que era estampado na maioria dos serviços da época), dizia-se ser a marca registrada do país e prometia velocidade e facilidade em seu uso.
Layouts do BOL e ZipMail

A capacidade precisava ser aumentada.É claro que a capacidade dos emails foi crescendo junto com a necessidade dos usuários (e até muito além disso). No começo as mensagens eram as mais simples possíveis, e não precisavam de uma super capacidade de armazenamento. Textos simples não ocupavam muito mais do que alguns KBytes de espaço.

O problema (ou melhor, a tendência) é que, cada vez mais, os usuários perceberam que o email era um local de fácil transferência de arquivos para os seus amigos, colegas e familiares. Por que não usar o próprio email para mandar o trabalho da faculdade, ou aquelas fotos da última viagem?

Assim sendo, a capacidade de 1MB (comum para os serviços de email) foi ficando cada vez mais estreita. E o aumento da capacidade era igualmente tímido: conforme os usuários pediam, o serviço aumentava mais 1 MB de espaço. Dessa forma, os usuários de emails sentiam-se obrigados a deletar as suas mensagens regularmente.

Antigamente o GMail até era chamado de Giga Mail ao invés de Google Mail. Até fazia sentido, já que a inovadora empresa estava oferecendo emails gratuitos com capacidade de armazenamento de cerca de 1 Gigabyte. O conceito era simples: "Nunca mais apague uma mensagem sequer." Mas, o serviço era tão exclusivo que era necessário ter convite de outro usuário.
O fato de o GMail oferecer tanto espaço foi um atrativo para grande parte dos usuários. E isso acabou afetando os outros serviços de email, que ofereciam cerca de míseros 4 Megabytes de espaço (como o Yahoo! Mail e o Hotmail).
Como eles se sentiam muito ameaçados, acabaram se rendendo com o tempo, e passaram a oferecer também bastante espaço de armazenamento. Hoje é muito difícil ver um grande serviço de email que não ofereça, ao menos, 1 Gigabyte de espaço para armazenamento de mensagens.

Como dito anteriormente, o principal propósito do email era permitir que as pessoas se comunicassem à longa distância. O problema é que, atualmente, o email não serve somente para isso. Assim, invadem as nossas caixas postais centenas (e até milhares) de SPAMS, correntes, slides com "bichinhos fofinhos" e mensagens mal intencionadas (com vírus e softwares maliciosos).
Os SPAMS não são páreos hoje.
Atualmente, com tanto espaço de armazenamento, dificilmente as pessoas apagam alguma mensagem. Os SPAMS já são facilmente filtrados e não é difícil se organizar em pastas que dividem as mensagens.
É possível até mesmo criar filtros, para que uma determinada mensagem já seja guardada em uma pasta, por exemplo.
Enviar documentos e fotos tornou-se mais prático, bastando juntar tudo em um arquivo e anexá-lo em uma mensagem. Isso, é claro, tornou-se fácil graças à velocidade de conexão muito mais alta e à interface muito mais amigável. Aliás, quem é que nunca enviou um trabalho seu de escola ou faculdade para o próprio email devido à praticidade?

Falando em interfaces, o GMail é o que traz mais variedade dentro de sua interface. Através dele (sem mudar nenhuma página) é possível facilmente bater papo pelo Google Talk, ler emails, listar as tarefas (To-Do), ver os seus compromissos (Google Agenda) e até atualizar o Twitter. Muita gente acha isso prático, mas outras preferem a simplicidade.
A interface completa do GMail.
Não somente o Google, mas a maioria dos grande portais associam as suas contas de email com os seus serviços. A Microsoft faz isso com o Hotmail, como dito acima, assim como a Yahoo!, ao associar o seu email ao Flickr, Yahoo! Respostas, Yahoo! Video e vários outros.

Tem quem diga que os mensageiros instantâneos, as redes sociais (como Twitter, Facebook e Orkut) e até mesmo os torpedos simplesmente deram um fim nos emails. Isso porque acabamos usando muito mais os modos de comunicação acima do que o próprio email.

Como dito anteriormente, o fato é que o email hoje tem a sua utilidade para comunicações formais, como as empresariais, para envio e troca de arquivos e guardar informações. Muitas pessoas só têm os seus emails pois precisam dele para se cadastrar em alguma rede social ou mensageiro instantâneo.

E é exatamente esse o ponto: há tantos serviços da chamada "Computação em Nuvens" que já estão sendo utilizados que fica óbvio que o email acabou se tornando, de fato, o seu endereço na Internet. E isso é comprovado com a utilização da Google Account, que surgiu do GMail e oferece serviços como: Google Docs, Google Reader, Google Latitude, Google Voice e, futuramenteGoogle Wave. Ou seja, a maioria desses serviços afetam, de verdade, a nossa vida real.

Ruth Rocha

Ruth Rocha (1931) é escritora brasileira, especializada em livros infantis. Foi eleita para a cadeira nº 38 da Academia Paulista de Letras. Seu livro "Marcelo, Marmelo, Martelo", vendeu mais de 1 milhão de cópias.
Ruth Rocha (1931) nasceu em São Paulo, no dia 2 de março de 1931. Tem formação em sociologia e atuou na área de educação. Escreveu para a Revista Cláudia, voltada para o público feminino. Escreveu também para a revista Educação.
Influenciada pelo escritor Monteiro Lobato, iniciou a carreira de escritora em 1976, com o livro, "Palavras Muitas Palavras". Porém, sua obra mais famosa é "Marcelo, Marmelo, Martelo", com tradução para diversas línguas. Mas sua escrita é rica também em conteúdos sociais, como por exemplo, o livro "Uma História de Rabos Presos", lançado no Congresso Nacional brasileiro, em 1989. Em 1990, lançou na sede das Organizações das Nações Unidas o livro "Declaração Universal dos Direitos Humanos Para Crianças".
Foi condecorada em 1998, pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso, com a Comenda da Ordem do Ministério da Cultura. Ganhou quatro prêmios Jabuti, considerado de grande valor para quem atua no ramo literário no Brasil, com destaque para o livro "Escrever e Criar", lançado em 2002.
Ruth Rocha foi escolhida para fazer parte do Pen Club-Associação Mundial dos escritores, localizada no Rio de Janeiro.

Obras de Ruth Rocha

Marcelo, Marmelo, Martelo
Mil Pássaros
Almanaque Ruth Rocha
O Macaco Bombeiro
Este Admirável Mundo Novo
O Coelhinho Que Não Era de Páscoa
O Velho, O Menino e o Burro
O Sistema de Caderninho Preto
Armandinho, o Juiz
A Rua do Marcelo
A Menina Que Aprendeu a Voar
Gabriela e a Titia
Viva a Macacada
O Que é, O Que é?
De Hora em Hora
Solta o Sabiá
Faz Muito Tempo
O Gato e a Árvore
Atras da Porta
O Menino Que Quase Morreu Afogado no Lixo
Como se Fosse Dinheiro
As Coisas Que Agente Fala
Palavras Muitas Palavras
Uma História de Rabos Presos
Declaração Universal dos Direitos Humanos Para Crianças
Pessoinhas - Natureza e Sociedade
Pessoinhas - Matemática
A Arte de se Expressar Bem em Público
Escrever e Criar, Uma Nova Proposta
Minidicionário da Língua Portuguesa

Informações biográficas de Ruth Rocha:

Idade: 84 anos
Data do Nascimento: 02/03/1931